Engenheiro na cozinha
Resolvi, com a ajuda da alta do euro, corrigir uma lacuna na minha formação: aprender a cozinhar alguma gororoba. Dos tempos de engenharia, éramos especialistas em leite em pó e café solúvel - começo importante, mas claramente insuficiente para vôos mais altos. Apoiado na consultoria intercontinental do meu amigo Gallão, da Sula, sua esposa, da Héllade, da Liana, da minha mãe e de minha irmã, me arrisquei em duas frentes: arroz e macarrão. Para começar, uma surpresa: não há manuais de procedimento para enfrentar a cozinha básica, salvo os tais livros de receitas, mas que consideram, pelo jeito, que todos já são iniciados. A bem da verdade, o macarrão italiano tinha instruções detalhadas na embalagem: para cada 100g, 8g de sal e um litro d´água, e “ferver por 8 min, mexendo de vez em quando”. Mas e agora, como tomar as medidas? A embalagem era de 500g; 8g de sal, só com balança de precisão. Bom, aí quem não é especialista tem que se socorrer do que sabe. Afinal, anos de engenharia devem