A Copa e o Brasil monoglota
Um dos temas que me desperta interesse permanente é a nossa presença consciente no mundo, no que as pessoas chamavam antigamente de “concerto das nações”. Que papel desempenhamos na aldeia global? Só é possível conhecer-se na comparação com o outro. Só conheceremos nossa verdadeira importância interagindo com outros povos, para, enfim, nos libertarmos do “complexo de vira-lata”, na famosa expressão de Nelson Rodrigues. Observe-se só, agora, em tempo de Copa, o quanto nos sentimos melhor: passamos a existir, nos percebemos, de certa forma, no mesmo nível de qualquer outra nação. Não há uma renovação de ânimos, de aumento da auto-estima nacional e a sensação que podemos tudo o que podem os povos mais desenvolvidos? E, conhecendo-se outros países, fica evidente que somos “parte do time” em muitos outros campeonatos, além do de futebol. Aumentemos, então, nosso contato com o resto do mundo. Isso, obviamente, pressupõe uma forma de comunicação, uma língua que ultrapasse as fronteiras. Tant...