(Em vez de ler, você pode ouvir este texto clicando aqui ) Há muitos anos um professor na EFEI - Escola Federal de Engenharia de Itajubá, o Buguru, descreveu-me dois tipos de profissionais: um, é o que cresce devagar, mas sustentavelmente: como um pedreiro cuidadoso, ele coloca, solidamente, tijolo por tijolo, e faz fiada por fiada, na construção de uma base para alcançar uma meta lá no alto. Leva tempo, mas, se persistir, vai alcançá-la, sem susto. E há o outro, que pode chegar à frente do primeiro e ainda com muito menos esforço: ao invés de assentar tijolo por tijolo, coloca um pé numa pedra aqui, outro acolá, dependura-se num ramo de árvore próximo, balança-se, projeta-se para cima e, num último esforço, estende o braço e toca a meta. De lá, olha para baixo e ri-se do outro, para ele, “bobo”. Bem, é o que se chama de esperto. Mas uma hora a esperteza pode não dar certo: a sorte, sempre incerta e não edificável, acaba e, ao invés de conseguir dependurar-se, ou q...