A novela do orçamento

Caros, depois de três dias de debates/embates exaustivos, fechou-se um acordo sobre o orçamento. O que entreguei aos senhores vereadores foram dois exocets (vide google :)

1. Um total de 57 emendas;

2. Margem de remanejamento de 2% sobre cada item (ação) do orçamento e não sobre o montante. Ou seja, ao invés de 2% sobre R$ 461 milhões, 2% sobre rubricas (itens) chutados que, em alguns casos, estão lançados como R$ 1.000,00.

Na prática, logo a seguir o Prefeito precisará pedir licença para a Câmara para lançar valores reais, o que reabrirá a discussão.

Bem, fechou-se o seguinte:

1. Um dos exocets foi mantido: a margem de 2%.

2. A maior parte das emendas foi perdida. Protestei veementemente, oportuna e inoportunamente, e insisti que, pelo menos, as emendas coletivas fossem mantidas, o que foi ouvido pelos vereadores presentes - entre essas emendas a de R$ 3 mi para a ampliacao do Pronto Socorro. Enfim, diferentemente do titulo que dei a este tópico, a vitória foi parcial. Todavia, não esmoreço.

Concluído meu contrato com a Câmara em dezembro (pelo qual nao recebi nada), venho dedicando-me voluntariamente a essas reuniões, como ex-presidente, como consultor, como membro recém-empossado do Conselho de Saúde, como cidadão e como idealista. Hoje começamos a primeira rodada às 9h00 e terminamos às 20h00.

Pela manhã passaram os vereadores Chico Saad, favorável ao enterro das emendas, ainda que autor de uma delas, Alexandre, Aryzinho e Vanone.

À tarde retornou o Ver. Alexandre, e da manhã até o final ficaram os vereadores Henrique, Digão, Luizinho, Pollyana (parte da tarde e final) e o assessor da Vereadora Graça, Eduardo Cursino (a Vereadora está com virose). O ex-vereador Jair Gomes esteve representando a Vereadora Paollichi.

Dada a exaustão deixo para amanhã um relato de cada uma das reuniões.

Amanhã, aliás, vou à luta em outro front: a revisão do orçamento de São Luiz do Paraitinga, devastado pela enchente. O desafio é contemplar a urgência sem permitir que essa sirva de pretexto para o descontrole e a concentraçao de poderes na Prefeitura. A democracia não pode ser mais uma vitima da inundação.


Comentários

André disse…
Congratulações pelo trabalho (voluntário, diga-se com todas as letras).
Unknown disse…
Prof. mais uma vez aceite minhas congratulações pelo esforço no sentido de recolocar a política em eixos eticamente aceitáveis e extirpar as práticas de "toma lá da cá" profundamente arraigadas na cultura local. Quanto ao trabalho honrado, empenhado e não liquidado por interferência do Ministério Público, só resta mais uma batalha judicial peticionando "perdas e danos", "danos à imagem" e "lucros cessantes", já que a ninguém é permitido em estado de direito o "enriquecimento sem causa" e quem trabalha precisa ganhar, principalmente em um país onde é clara a lei no sentido de que serviços abaixo de R$ 15.900,00 não precisam ser licitados.

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