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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

Ética e Política

Tal é o estado de deterioração de nossos costumes ( mores) que as duas palavras acima parecem inconciliáveis. Absurdo dos absurdos porque, justamente, a política não tem sentido, nem razão de existir, sem a ética. Há uma sentença célebre de Santo Agostinho, que nos relembra isso: “Sem a justiça [ética], o que seriam os reinos [governos] senão bandos de ladrões?” Por que será? Vejamos: A política, desde os gregos, que criaram esse conceito, é considerada a mais nobre das atividades humanas, porque deve ser, precisamente, a dedicação ao bem-comum, ao estabelecimento da justiça, à defesa dos indefesos, à criação de condições para o progresso material e espiritual dos povos e para a realização plena de cada indivíduo. Assim, os homens e mulheres que se dedicam à política devem estar movidos por uma vocação nobre, a de servir à coletividade, “despidos de todo interesse material” e/ou exclusivamente pessoal. Então política não é profissão, é vocação. Não pode ser para pessoas que de

COMO SUFOCAR UM CONSELHO

Encerramos com este artigo a série sobre a farsa da eleição do Conselho Municipal de Saúde. Para quem chega agora, trata-se do esquema montado por Peixoto, o Probo, Pedro Henrique, o Correto, e Jacir Cunha, o Vassalo Alegre (vide dicionário para não pensar que é ofensa) para imporem à sociedade a eleição do Pai Alessandro, presidente da Associação dos Templos de Umbanda e Candomblé de Taubaté, como presidente do Conselho. Além da baixaria, da ilegalidade e do lambe-botismo de pelegos e apaniguados assanhados, desonrando o diploma de médico ou não, a “eleição” de Pai Alessandro se deu por dois grandes fatores: 1. A visão do que é um Conselho de Saúde; 2. O temor de represálias. Quanto à visão, um conselho, por lei, existe para, principalmente, fiscalizar os atos do Prefeito Municipal e estabelecer diretrizes na sua área. Assim o Conselho de Saúde, pode e deve denunciar as condições horripilantes dos serviços prestados, os desvios em compras e a incompetência criminosa, que levou,

O QUE ESTÁ EM JOGO NO CONSELHO DE SAÚDE

Muito além do que possa parecer – uma mera e mesquinha disputa por cargos -, o controle do Conselho de Saúde é uma das áreas vitais para a administração Peixoto, que vem sendo acusada pelo Ministério Públicos dos mais diversos crimes. Para os apetites já revelados nesses seis anos, a saúde é área das mais tentadora$ para os vampiros de sangue humano: o orçamento deste ano chega a R$ 105 milhões – muito dinheiro em qualquer lugar do mundo. São mais de um milhar de funcionários, com muitos cargos de livre-nomeação, ou seja, que podem ser largamente empregados nas troca de favores e outros desvios. Pego de surpresa no ano passado com a minha eleição, Pedro Henrique, dito “secretário de saúde”, chamou ao seu gabinete três conselheiros que me apoiavam, e ameaçou intervir no Conselho se eu permanecesse lá. Dado que a ameaça não surtiu efeito, apelaram para a Justiça, tentando me derrubar. Levaram um rara lambada do Judiciário, que se negou a me afastar. Na sequência, Pedro Henrique nã

PEIXOTO QUER SILENCIAR O CONSELHO DE SAÚDE

A convite de um grupo de Conselheiros ingressei-me no Conselho Municipal de Saúde e fui eleito presidente em janeiro do ano passado. O mandato é de um ano. No Conselho represento a Cáritas Diocesana, órgão da Diocese de Taubaté, da Igreja Católica. Neste período não dei trégua à corrupção, ao autoritarismo e à incompetência. Com o apoio de muitos Conselheiros de valor, enfrentamos a pública, notória e perversa incapacidade administrativa de Peixoto e de Pedro Henrique Silveira, seu diretor de saúde. Na outra ponta, questionamos o Cel. Isnard, que, com olhos arregalados e gestos teatrais, está no comando do Hospital Universitário, em doloroso naufrágio. Mereceram triste destaque as condições sub-humanas do Pronto Socorro Municipal, em que, entre outros desrespeitos, idosos, sem separação de sexo, eram colocados em cubículo com vazamento de esgoto, submetidos a procedimentos íntimos, à vista uns dos outros, com vergonha indizível. Perguntei-me, muitas vezes, com asco, se Peixoto e