Covardia e horror - reintegração do Pinheirinho - SJC

Um travo amargo na boca logo pela manhã, neste domingo de sol abençoado: a notícia que a força bruta, a covardia dos tanques, dos helicópteros, dos cavalos e das balas e bombas estão sendo usadas neste momento para preservar a propriedade de um estrangeiro e especulador financeiro, acusado de crimes imensos, Naji Nahas.

De outro lado, famílias, mulheres, crianças. Entre eles há criminosos perigosos? Certamente. Tanto quanto na Esplanada dos Ministérios.

Uma justiça infalível não se esquecerá dos responsáveis, diretos e indiretos, por essa barbaridade, desde Alckmin (que me decepciona profundamente neste caso), passando pela juíza inflexível e insensível, que mesmo na iminência de um acordo preferiu a intransigência e, quem sabe, a preservação do ego ("Eu mandei"). Ou mesmo os comandantes militares e o responsável maior, o autoritário travestido de gerente moderno, Cury, prefeito de SJC. Mas não podem ser esquecidos os que se omitiram, como o deputado federal Carlinhos de Almeida.

Já vi e vivi cenas tais: no governo de Angela Guadagnin (quando casinhas de miseráveis foram demolidas no Campo dos Alemães, 1995) e em Taubaté, no conj. Hércules Marson (1997).

Deveriam os mandantes serem obrigados a presenciar os atos dos carrascos, ouvir o gemido e choro do pais, mães e crianças ao verem suas casas, construídas com suor e sangue, serem demolidas pelos bulldozers do mal.

Obrigados a olhar, ver e cheirar, a desgraça que propiciaram, quem sabe poderiam sentir o sangue gelar nas veias, como aqueles que, de madrugada, são acordadas com o estrondo das botas, o cassetete no lombo e a boca do cano de uma arma apontada para sua caras, enquanto imploram que pelos menos seus filhinhos sejam poupados.

Mas além dos mandantes, que se levasse à força para assistir o autor da ação, que neste momento, gargalha, abre uma champagne para comemorar e se deleita com sua vitória sobre miseráveis.

Malditos sejam.

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