Blog do Joffre Neto

Não fora a liturgia, seria desolação. Salvou-me o "Gloria in excelsis Deo", eterno, universal, no coro juvenil. Antes da Missa uma singela encenação de adolescentes (surpreendentemente amadora, tímida e pontuada de risinhos nervosos, como as nossas mesmas - mas, por isso, mesmo, mais encantadora) do nascimento do Menino. Rejeitados nas hospedarias, onde não havia lugar para eles, a menina grávida, "just sixteen, mama-child", e seu jovem marido, quase adolescente, dá a luz à Ele, num curral, entre palha, sujeira e animais, que O aquecem e, certamente, O reconhecem. Piedosamente o evangelista acrescenta o coro de anjos, para marcar o nascimento de Deus. Mas, como lembrou Cony, diz-nos o mesmo S. Lucas: nasceu no meio do silêncio, "dum medium silentium". Em loucura de paixão pela sua criatura, veio para o mundo, que gerou, que Lhe pertence e anima, mas o mundo não O conheceu e ainda nao O conhece. Me encanta e inebria pensar nisso: no Deus Menino que desce ao

"Aveiro, Portugal, 15 de dezembro de 2005 Vereador Vanone, Agradeço sua menção à minha pessoa, na última sessão, quando se referiu à aquisição da impressora Braile feita por mim. Soube disso agora, antes de publicar o artigo desta semana no Matéria Prima. É do meu caráter cobrar o que a minha consciência aponta como devido, mas também reconhecer sinais de honestidade, por mais singelos que sejam. Cordiais saudações. Joffre Neto"

Na semana passada houve um encontro no Centro Universitário de Fé e Cultura, da Diocese de Aveiro, com Rui Marques, Alto-Comissário para os Imigrantes e Minorias Étnicas. Falando com grande simpatia, numa linguagem que transparecia fé religiosa, o Alto-Comissário, ligado diretamente ao Gabinete do Primeiro-Ministro, discorreu sobre a recente onda de violência em França, protagonizada por jovens de 12 (crianças) a 20 anos, filhos de imigrantes. Foi corajoso em afirmar que a "Europa precisa ficar mais pobre para diminuir a pobreza dos povos vizinhos". Disse que, em sua opinião, o melhor modelo de imigração é o intra-comunidade européia, de livre circulação de pessoas, bens e valores. E o pior? "O pior é modelo europeu para o resto do mundo. Uma Europa-fortaleza não vai subsistir por muito tempo". Uma fortaleza rica cercada de pobres forçosamente tende a sucumbir. Mas declarou que é movido pela esperança, fundamentada na própria realidade da Comunidade Européia, cujas

Encaminhei para o jornal Matéria Prima, que tem cordialmente publicado meus escritos, e para o jornal Contato, dois artigos novos: "Obras da Câmara Municipal: uma história mal contada - primeira parte" (Matéria Prima), e "Orçamentos Municipais" (Contato). Se eventualmente não puderem ser publicados você vai poder lê-los aqui no blog, a partir de segunda-feira.

Eram debatedores do Fórum Brasil Carlos Langoni, ex-presidente do BC, Tereza Cruvinel, do Globo e Lúcia Hipolito, da CBN. À uma intervenção minha, sobre o poder local no Brasil, Lucia Hipolito demonstrou grande interesse pelo tema, o que me motivou oferecer-lhe também um exemplar do meu livro.

Por ocasião do Fórum Brasil 2005, promovido pela Fundação Luso-Brasileira, tive oportunidade de oferecer ao Min. das Finanças de Portugal, Teixeira dos Santos, um exemplar de meu livro "Câmaras Municipais no Brasil - Ascensão e Declínio". Como soi acontecer, os que de fato têm estatura, são cordiais, e o ministro não escapou à regra: foi muito atencioso e interessado.

Em resposta aos meus votos de sucesso pela sua eleição, o Pres. Eleito da Câmara Municipal de Taubaté, Ver. Henrique Nunes, honrou-me com a seguinte resposta: "Sinto me lisonjeado, quando lembrado por aquele que, na minha singela opinião, foi o mais preparado dos vereadores que conheci. Precisamos conversar sobre seus projetos, se possível pessoalmente. Sei que está na Europa. Quando voltar espero a sua visita. Muito Obrigado. Vereador Henrique Nunes" Certamente o Presidente foi extremamente generoso em relação à minha pessoa, mas o que anima-me é poder sempre colaborar com a Casa a qual servi por 8 anos. Não é nenhum favor dizer, por outro lado, que o Ver. Henrique Nunes, é dos poucos que reúne condições para romper os laços de submissão humilhante da Câmara à Prefeitura. Provei que era possível fazê-lo. Outros poderão continuar nesse caminho. Pode parecer paradoxal eu afirmar isso, sabendo-se que a candidatura do Vereador foi apoiada pelo prefeito. Mas quem vive ou viveu o

O jornal da SIC a que me referi está aí na foto. Embora seja difícil de reconhecer por estar "inflado" pelo sobretudo e pelo ângulo da câmara de tv, estou ali no canto esquerdo da tela.

A corrida às eleições presidenciais em Portugal estão a pleno vapor. Oficialmente, a campanha só pode ser feita no ano que vem – as eleições serão em janeiro, mas, aqui, como no Brasil, sempre dá-se um jeitinho e os candidatos estão há muito correndo o país – o que não é difícil, considerando que Portugal, de norte a sul, tem cerca de 575 km de extensão, por 215 km, na maior distância leste-oeste. Nesta segunda-feira, o veteraníssimo Mário Soares, 80, fundador do Partido Socialista, por duas vezes primeiro-ministro e duas vezes presidente da República, esteve na cidade de Aveiro, sede do distrito de mesmo nome, no centro-norte de Portugal (entre Porto e Coimbra), num debate promovido pela Associação Acadêmica da Universidade. A uma pergunta minha fez uma verdadeira declaração de amor pelo Brasil. Perguntei-lhe que perspectivas teriam as relações e ações Portugal-Brasil num eventual novo mandato que viesse a conquistar, resgatando, quem sabe, os sonhos de José Bonifácio, de um só país e

O frio aqui, nesta época do ano, não é intenso mas suficiente para incomodar (5 C). Impressionante como tira a liberdade, condiciona os movimentos, exige cuidados extras, suga energia psíquica. Como é incômoda, por exemplo, a prática de tira-e-põe casaco quando se entra e sai de casa. Diferentemente de nós que nos preocupamos apenas em iluminar nossas casas, aqui é preciso pensar em como aquecê-las. Luz e calor são necessidades permanentes. Abençoado o nosso país. Não é à toa que acham o nosso clima "formidável". Aqui em Aveiro há uma peculariedade agravante: micro-climas. Às vezes, à distância de alguns quarteirões, pode-se ter calor para ficar com apenas uma blusa ("camisola", com falam) ou frio que exige um bom sobretudo e cachecol. É preciso sempre ter um agasalho ao alcance da mão. Para os com sensibilidade respiratória é preciso tomar cuidado. A melhor solução, quando possível, é mesmo ter aquecimento interno nas casas. Adquire-se bom humor imediatamente. É

Conforme o tempo permitir vou postando fotos aqui 

Mesmo no meio da gripe, algumas notícias que animam, como essa, de uma pesquisadora brasileira no México: "Prezado Joffre, acabo de tomar conhecimento de sua tese de mestrado através do livro do FERNANDO ABRUCIO sobre redes federativas e estou muito interessada em lê-la. Sou uma pesquisadora sobre política ambiental, atualmente terminando meu doutorado. Minha tese é sobre os municípios e as políticas ambientais, e resido atualmente no México, o que me impede de pedir sua tese através de empréstimo interbibliotecas. Há alguma forma de ter acesso a ela por meio eletrônico? Cordialmente, Estela Neves" Por meio eletrônico, não é possível, mas ela adquiriu um exemplar que estou lhe remetendo pelo correio. O Abrúcio é cientista político e professor da FGV e da PUC. Fez parte da banca examinadora da minha tese.

E não é que o Zé Simão, super-simpático, publicou a historinha de portugueses (veja abaixo) que lhe mandei? Está em sua coluna na edição de hoje da Folha de S. Paulo. (Sem muito ânimo hoje: faringite violentíssima).

Uma aldeiazinha no caminho do Santuario de Fatima - repare nos tipos "brasileiros" 

Surpreendentemente simpático e atencioso o Zé Simão, colunista da Folha de S. Paulo. Veja a sua resposta ao meu e-mail, comentando a entrevista abaixo: "Joffre Eu conheço Aveiro! Não é aquela cidade com os barcos lindos? Pois é, eu passei uns dois dias naquele hotel em Buçaco! Achei sensacional! E essa entrevista é um primor. Eles são básicos mesmo ou tão tirando um sarro da cara dos outros? Rarara. Grande abraço do Ze Simao!"

Anteontem, às 13h12 (prova do crime), na rádio Antena Um, estava passando uma entrevista com biológos que pesquisaram cogumelos comestíveis na Serra da Estrela. Repórter: O senhor confirma que muitos cogumelos são comestíveis mas alguns são venenosos? Biológo: Todos são comestíveis. Repórter: Mas alguns deles são venenosos, pois? Biológo: Mas são todos comestíveis. Repórter: O que o senhor quer dizer com isso? Biológo: Que alguns deles come-se uma vez só. Como diria o Macaco Simão. "Rarará". Aliás, relatei para ele essa entrevista.