SALVADORES DE OCASIÃO

Vira e mexe, dado o desencanto com a política, surgem propostas de lançar-se empresários como candidatos a prefeito e outros cargos.
Seria, de fato, a solução?

Precisamos tomar cuidado redobrado com certas simplificações.

Em primeiro lugar, gestão profissional é cargo de gerentes - elementos essenciais na administração.

Governos são tocados por agentes políticos. Se assim não fosse o mundo desenvolvido teria abolido, há muito, as eleições e as substituído por concursos públicos de "gerentes de cidades", "gerentes de estado" e "gerente de país".

O agente político é essencial. O que nos leva a ter desprezo deles é a exacerbada corrupção que praticam.

Se um profissional médico (como os vistos ontem) se comporta mal, vamos abrir mão da medicina e abraçarmos os curandeiros? Não, naturalmente. Precisamos preparar, controlar e fiscalizar os médicos.

Sazonalmente surgem os sonhos de lançar empresários como salvadores da política. Um dos exemplos mais cabais do malogro dessa idéia foi a candidatura de Antonio Ermírio de Moraes, na década de 90.

E qual o problema? Entre inúmeros outros, pode-se destacar que a condução dos negócios públicos exige uma liderança que nem de longe é comando (militar ou mesmo empresarial): é o exercício de uma arte, de uma virtude e de uma ciência.

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